"D. Frei Patrício da Silva, O.S.A. - um cardeal Leiriense, patriarca de Lisboa (1756 - 1840)", da autoria de Ricardo Charters d'Azevedo, Leiria, 2009, é editado pela Textiverso . O lançamento foi feito na sacristia da Sé Catedral de Leiria pelo Pe Pedro Lourenço Ferreira, Provincial dos Carmelitas Descalços e pode-se ver aqui como decorreu.

Sinopse:

 Através dos “rostos” de alguns Leirienses nossos antepassados podemos aperceber-nos de como se vivia, confirmando que o esforço individual e a qualidade das prestações de cada um podem colocar lado a lado tradição e prosperidade, conservação e progresso.
A apresentação, neste livro, do Doutor D. Frei Patrício da Silva vem também nesta linha, procurando que os Leirienses possam reconhecer, e conhecer melhor, os seus filhos: indivíduos conhecidos, nascidos e vincadamente desta nossa região, que se sentem orgulhosos de o ser, mostrando, onde quer que venham a trabalhar, uma imagem da região de Leiria a partir das suas atividades, atitudes e das suas capacidades, afirmando-o: “somos Leirienses”!  

«Tem este livro a pretensão de apresentar a vida e a obra de uma daquelas personalidades que, nascendo na diocese de Leiria, atingiram o topo máximo do governo da Igreja e do Estado. Não tendo a origem nobre de muitos dos seus pares da época, muito inteligente, único purpurado agostinho de toda a história de Portugal, professor de Teologia na Universidade de Coimbra, gozou sempre de grande prestígio entre o clero e os políticos do seu tempo. Numa altura complicada da vida em Portugal, mais valor tem ainda a ação que ele desenvolveu.»
«Patrício da Silva nasceu a 15 de Setembro de 1756, no Camarnal, nos Pinheiros (Arrabalde da Ponte, Leiria). (…) Fez os seus estudos básicos e professou no Convento de Santo Agostinho de Leiria, tendo sido ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1780, com 24 anos.» Já Arcebispo de Évora, o Papa Leão XII agraciou-o, em 1824, com a púrpura cardinalícia ou presbiterial, e em 1826 foi nomeado Patriarca de Lisboa, falecendo em 1840, em pleno período liberal. «Viveu numa época muito difícil, tendo assistido às guerras peninsulares, à “zanga real” e à venda dos bens da igreja.»