João Rodrigues

f: antes 1747
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João Rodrigues

f: antes 1722
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João Rodrigues

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João Rodrigues

Familia: Maria [...]

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Dr. João José Dantas Souto Rodrigues1

n: 29 Novembro 1841, f: 18 Julho 1929
  • Nota: Muito embora do livro de assentos de baptismo da freguesia de S. Pedro, de Torres Novas, relativo ao ano de 1841, conste a folhas 84 que o Dr. João José Dantas Souto Rodrigues nasceu nesta vila a 27 de novembro do referido ano é, todavia, certo que foi a 29 desse mês que êle viu a luz do dia, conforme seus pais garantiam, e tanto que neste dia festejavam sempre o aniversário natalício do futuro catedrático, o qual ultimamente, contando já a invejável idade de oitenta e tantos anos, com um certo bom humor protestava ainda contra aquele erro que o envelhecia de dois dias!
    Foram seus pais o Dr. Luís Carlos de Souto Rodrigues, natural de Leiria, médico do partido municipal de Torres Novas, e D. Mariana Augusta da Cunha Dantas Pereira, natural do Rio de Janeiro.
    Os seus avós paternos foram: o Dr. João José de Souto Rodrigues e D. Inácia Guilhermina de Souto Rodrigues; e os maternos: o conselheiro de estado e do almirantado José Maria Dantas Pereira e D. Maria Eugênia Martins da Cunha Dantas, filha do Dr. José Martins da Cunha Pessoa, Como aluno interno do colégio de N.a S.!1 da Conceição, situado na calçada da Estrela, de Lisboa, ali fez com distinção os preparatórios para admissão na Universidade de Coimbra, onde no ano lectivo de 1856-1857 se matriculou no primeiro ano filosófico, pois nessa faculdade era sua intenção formar-se.
    No ano imediato, porém, incompatibilizado com um lente da dita faculdade, transitou para a de matemática, tirando o primeiro ano e, no seguinte, o segundo; por motivo de doença só no ano lectivo de 1861-1862 cursou o terceiro ano.
    Nova doença, uma pertinaz epistáxis, o fez interromper os estudos, pelo que só em 1864-1865 fez o quarto ano; no ano a seguir tomou o grau de bacharel formado em matemática, concluindo no ano de 1867-1868 o sexto ano; defendeu tese e fez acto de conclusões magnas em 30 de junho e 1 de julho de 2869.
    A 26 do dito mês de julho fez acto de licenciado e recebeu o respectivo grau, com a classificação de ne.fp.ine discrepante, apadrinhado nesse acto pelo decano da faculdade de matemática, Dr. Abílio Afonso da Silva Monteiro; doutorou-se no dia 31 do referido mês de julho de 1869, sendo padrinho do doutoramento seu pai.
    Teve a faculdade de matemática nessa época quatro alu-
    nos laureados: além do nosso torrejano ilustre, Dr. Souto Ro-
    drigues, os seus condiscípulos: Dr. José Joaquim Pereira Fal-
    cão e Dr. Gonçalo Xavier de Almeida Garrett, que todos três
    tomaram capelo no citado dia 31 de julho e foram nomeados
    lentes substitutos em agosto de 1870; e ainda o Dr. João Iná-
    cio do Patrocínio da Costa e Silva Ferreira, que a-pesar-de
    licenciado, como aqueles, em julho de 1869, só recebeu capelo
    (gratuito) em 10 de julho de 1870 e, como fosse preterido no
    concurso que fez para lente da Universidade em 1875, dedi-
    cou-se ao ensino livre até sêr em 1878 nomeado professor da
    Escola Politécnica de Lisboa.     N
    Candidato ao concurso dum lugar de lente substituto da faculdade de matemática da Universidade, o Dr. Souto Rodrigues obteve provimento por despacho de 3 de agosto de 1870, para poucos anos volvidos sêr promovido a lente catedrático.
    Longa e profícua foi depois a sua vida, quer doutrinando em diversas cadeiras da sua querida Universidade, quer como astrónomo do respectivo observatório, até que por despacho de 23 de junho de 1900, publicado no Diário do Governo n.° 140, de 26 do mesmo mês, foi aposentado extraordinariamente.
    A-pesar disso, pelo despacho de 19 de julho de 1900 (Diário do Governo n.° 67, de 28 do mesmo mês) é o Dr. Souto Rodrigues nomeado director do Observatório Astronómico da Universidade, lugar que serviu até a publicação da lei n.° 1377, de 23 de setembro de 1922 (Diário do Governo n.° 199, I série, da mesma data) que, reformando os serviços daquele estabelecimento científico, o passou, não obstante os seus 81 anos, a director dos serviços da publicação da Efeméride, que se achava já a seu cargo e continuou até a jubilação do ilustre astrónomo.
    Por despacho datado de 16 de novembro de 1906, cuja publicação foi feita no Diário do Governo n.° 269, desse mesmo mês, é o considerado professor reintegrado na efectividade da cátedra universitária que tanto honrava e que continuou a ocupar até a sua aposentação ordinária por limite de idade, que lhe foi concedida por decreto de 9 de fevereiro de 1929 (Diário do Governo n.° 65, II série, de 20 de março seguinte).
    O douto professor universitário deixou-nos as seguintes obras publicadas, de que tivemos conhecimento:
    -     Theses ex Adplicata Mathesi qaas in Conimbricensi Academia Ano MDCCCLXIX Propugnabat Joannes Jose-phus d'Antas Pereira de Souto Rodrigues. Conimbricce. Typis academicis. 8.°-?1 folh. de 19 pags.
    -     Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas na faculdade de matemática. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1869. Versa o seguinte argumento: "A permanência dos poios à superfície da terra tem ou não lugar ?"
    -     Considerações sobre a equação secular do médio movimento da lua. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1870.-8.°.
    -     Aditamento à álgebra superior de L. B. Francozur. - 2.a edição. 1886. Coimbra. 1 folheto.
    -     Lições de álgebra. 1893 (Porto, Livraria Universal) 2 vols. Impresso na imprensa da Universidade.
    -     Lições de álgebra. 1899. Coimbra. 1 vol.
    -     Lições de álgebra. 1902. 3.a edição. Coimbra.
    -     Trigonometria elementar. Funções goniométricas-triângulos rectilíneos. Obra adaptada para o ensino secundário. 1897. França Amado, editor. 1 vol. 147 págs. Impresso na Imprensa da Universidade de Coimbra.
    -     Logaritmos das fracções. 1 folheto. 1901. Coimbra. Imp. da Universidade.
    -     Princípios de geometria analítica. Vol. I- Geometria no plano. II-Geometria no espaço. (209 págs. o 1.° vol. e 166 págs. o 2.°). 1905-1906. Braga. Cruz & C.a, editores.
    -     Elementos de trigonometria plana para uso da VII classe dos liceus centrais. 1906. Imp. da Universidade. 1 vol. 139 págs.
    -     Idem. Nova edição. 1915. Imp. da Universidade. 1 vol. 153 págs.
    -     Idem. 3.a edição. 1919. Impr. da Universidade. 1 vol. 149 págs.
    -     Idem. 4.a edição. 1921. Impresso na Imp. da Universidade de Coimbra. Braga -Cruz & C. L.a-1 vol. 149 págs.
    -     Idem._ 5.a edição. 1925. Impresso na Imp. da Universidade de Coimbra. Braga -Cruz & C.a, L.a -1 vol. 157 págs.
    -     Secções cónicas e noções elementares de geometria analítica plana para uso das classes VI e VII dos liceus. Braga-1906. Cruz & C.a, editores.
    -     Idem. Braga -1915. Cruz & C. L.a. 1 folh. 88 pags.
    -     Trigonometria elementar para o ensino da Universidade. Coimbra. 1907. França Amado. Imp. da Universidade.
    -     Determinantes. 1 folh. 12 págs. Separata do INSTITUTO. 1913. Impresso na Imprensa da Universidade de Coimbra.
    -     Trigonometria esférica. 1 folh. 1916. Coimbra.
    -     Princípios de geometria analítica. 1 vol. 465 págs. 1916. Braga. Cruz & C.a, L.a - Impresso na Imprensa da Universidade de Coimbra.
    -     Complementos algébricos dos determinantes menores. 1920. 1 folh. de 12 págs. Separata do INSTITUTO e impresso na Imprensa da Universidade,
    -     Determinante adjunto. 1 folh. de 14 págs. Separata do INSTITUTO, vol. 66, n.° 12, 1920. Imprensa da Universidade.
    -     Álgebra complementar. 1922. Coimbra Editora, L.a 1 vol. 274 págs.- 8.°.
    -     Elementos de cosmografia para aso da VII classe dos liceus. 3.a edição. 1924. Cruz & C.a, L.a, editores. Imprensa da Universidade de Coimbra.
    -     Noções elementares de geometria plana para uso da VII classe dos liceus. Braga. Livraria Cruz & C.a, L.a - 1931 - 8.°.
    -     No INSTITUTO, de Coimbra, publicou diversos artigos científicos muito apreciados.
    -     As Efemérides do Observatório Astronómico de Coimbra (cuja publicação vem desde 1804) eram já da sua autoria anos antes da sua nomeação em 1922 para director das mesmas.
    À obra do ilustre matemático e sábio professor faz referência o seu colega, Dr. Francisco de Castro Freire, na Memória Histórica da Faculdade de Matemática nos cem anos decorridos desde a reforma da Universidade em 1772 até o presente. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1872.
    Eleito sócio do Instituto de Coimbra, fez várias vezes parte dos corpos gerentes e no boletim dessa douta agremiação colaborou proficientemente, como já dissemos. Era ao tempo do seu falecimento o sócio mais antigo.
    No final da sua assas dilatada e brilhante carreira universitária era lente de prima e decano da faculdade de matemática, director da faculdade de ciências, director do observatório astronómico da Universidade de Coimbra e da Efeméride do mesmo observatório.
    Dotado de robusta inteligência e energia inquebrantável, não bastava a absorvente ciência dos cálculos para saciar sua ambição, pelo que se lançou abertamente na política que serviu de alma e coração, conseguindo assim adquirir grande prestígio pessoal e político em todo o distrito de Coimbra.
    Dedicado amigo do Dr. Lourenço de Almeida Azevedo, seu colega da faculdade de medicina e chefe do partido regenerador de Coimbra, acompanhou-o durante bastantes anos, sendo principalmente ao ilustre torrejano e ao Dr. Fernando de JVlelo, lente também de medicina, que o Dr. Lourenço de Azevedo deveu a grande aura política que atingiu, justamente considerado o maior influente político do distrito de Coimbra naquela época.
    E assim, com o seu chefe político local, entrou o Dr. Souto Rodrigues para a Câmara Municipal de Coimbra em 2 de janeiro de 1876, sendo eleito vice-presidente e aquele presidente. Aí serviu até 18 de agosto de 1878, em que a Câmara foi substituída por virtude da publicação do novo código administrativo.
    Em 2 de janeiro de 1886 se constituiu nova Câmara, de que êle foi eleito presidente, mas só em 15 de abril seguinte tomou posse do cargo, que serviu até final desse ano.
    Como é de geral conhecimento o nome do Dr. Lourenço de Almeida Azevedo atingiu a culminância política durante a sua gerência da Câmara Municipal de Coimbra, pelos relevantes serviços prestados ao município, deixando um pouco na sombra o do seu mais valioso cooperador, o Dr. Souto Rodrigues, o qual, dedicando-se devotadamente aos estudos de todos os problemas administrativos propriamente ditos, com extrema clareza e conhecimento perfeito os relatava na sua aprovação e orientava na execução, enquanto o presidente mais se ocupava da política geral do distrito e em especial da cidade, o que era bastante a absorver-lhe todas as energias e atenção, sem que lhe sobrasse tempo para os demais problemas, que sabia estarem bem entregues.
    Também na Junta Geral do Distrito de Coimbra o Dr. Souto Rodrigues fez sentir a sua acção de criterioso orientador político.
    Em 1 de março de 1872 tomou posse do cargo de Procurador à Junta Geral do Distrito, onde serviu ininterruptamente até 1884; em 3 de março de 1876 foi eleito secretário; em 18 de agosto de 1878 tomou posse como procurador à Junta eleita por virtude do novo código administrativo, sendo escolhido para o lugar de secretário na sessão do dia imediato. Em sessão de 9 de setembro desse mesmo ano foi eleito presidente da Junta e assim serviu até 9 de maio de 1879.
    Na acta de 31 de dezembro de 1884 vimos a sua última assinatura como membro desse corpo administrativo; contudo, ainda em sessão de 1 de maio de 1885 verificámos a sua eleição para presidente, mas não tomou posse desse cargo.
    Também serviu na Comissão Distrital bastantes anos. Tomou posse em 29 de agosto de 1878 como vogal, passando a servir de presidente desde 19 de dezembro de 1879 até 3 de fevereiro de 1880. Desta data em deante, até fina! de 1884, o vemos presidindo sempre às sessões no impedimento do respectivo presidente, conselheiro Dr. Bernardo de Serpa Pimentel.
    Nesta qualidade foi o Dr. Souto Rodrigues um dos propulsores mais entusiastas da Exposição Distrital de Manufacturas realizada em Coimbra no ano de 1884.
    Tendo militado sempre no partido regenerador, acompanhando o chefe político local, Dr. Lourenço de Almeida Azevedo, como já dissemos, quando este em 1885 abandonou Coimbra para estabelecer residência forçada em Lisboa por têr sido nomeado vogal da Junta Consultiva de Saúde Pública, ficou o Dr. Souto Rodrigues como seu lugar-tenente no dis-trito, o que em parte lenificou a mágoa que a população coimbrã manifestou pela saída do seu grande amigo e dedicado defensor de seus interesses.
    Dos registos existentes no Arquivo do Congresso da República, constam as seguintes notícias acerca da vida parlamentar do Dr. João José d'Antas Souto Rodrigues :
    Na Legislatura de 1884-1887. - Eleito pelo círculo n.° 40 - Coimbra - em 28 de junho de 1884 foi proclamado deputado na sessão de 26 de dezembro do mesmo ano, prestando juramento no dia imediato. Fez parte das comissões seguintes : do orçamento, especial para dar parecer sobre o bill de indemnidade, de instrução superior e especial, e da de inquérito sobre as causas da emigração. Logo na sua entrada no parlamento foi eleito 1.° secretário da mesa.
    Na Legislatura de 1887-1889. - Novamente eleito pelo círculo de Coimbra (n.° 40) em 6 de março de 1887, foi proclamado deputado em 12 de abril de 1887 e prestou juramento no dia imediato. Fez parte da Comissão de instrução primária e secundária e da Comissão de Juntas Gerais.
    Na Legislatura de 1890. - Ainda pelo mesmo círculo de Coimbra eleito em 20 de outubro de 1889, foi proclamado deputado" e prestou juramento em 16 de janeiro de 1890. Fez parte da Comissão de Verificação de Poderes.
    Na Legislatura de 1890-1892. - Mais uma vez eleito pelo referido círculo n.° 40 - Coimbra - em 30 de março de 1890, foi proclamado deputado em 30 de abril e prestou juramento em 17 de maio de 1890.
    Com grande empenho se ocupou, como deputado, da representação do distrito de Coimbra na Exposição Industrial Portuguesa que em 1888 se realizou em Lisboa na Avenida da Liberdade, conforme vimos da correspondência trocada entre êle e o grande jornalista Joaquim Martins de Carvalho, director de "O Conimbricense". (Colecção da Biblioteca Muni-cipal de Coimbra).
    O Dr. Souto Rodrigues e o seu colega no parlamento, Dr. Francisco de Castro Matoso, foram os sinatários do projecto de lei para a construção dos esgotos de Coimbra, melhoramento da mais alta importância para aquela cidade, onde em nosso tempo (1888) os despejos caseiros eram feitos pe-las serventes numa infecta pipa que, odorante, percorria de noite as ruas da alta, enquanto na baixa eram lançados ao rio pelas criadas, que à cabeça os transportavam até o cais.
    Nos registos do Pariato Português lê-se: João José Dantas Souto Rodrigues, eleito Par do Reino em 5 de abril de 1893 pelo distrito do Porto, para preencher a vaga deixada pelo digno par Conde de Alentem, que perdeu o lugar por ter sido nomeado Governador Civil de Viana do Castelo; tomou posse em 14 de junho de 1893.
    Finalmente em 30 de abril de 1894 foi eleito par do reino pelos estabelecimentos científicos.
    Na legislatura seguinte propunha-se novamente a par do reino electivo pelos estabelecimentos científicos; o então ministro do reino, conselheiro João Franco, inopinada e im-politicamente contrariou tal eleição, o que muito magoou o Dr. Souto Rodrigues, levando-o a abandonar o partido regenerador e ingressar no progressista que, de braços abertos, recebeu elemento tão valioso.
    Convidado pouco depois pelo chefe desse partido, e ao tempo ministro do reino, Conselheiro José Luciano de Castro, para Governador do distrito de Coimbra, foi o nobre torrejano nomeado por despacho de 17 de fevereiro de 1898, tomando no dia imediato posse do cargo, que exerceu com a maior isenção política, pelo que bastante lamentada foi a notícia da sua exoneração a 8 de janeiro de 1900.
    Como justo galardão oficial do seu grande valor científico e alta envergadura política, foi por decreto de 30 de novembro de 1899 agraciado com o grau de fidalgo cavaleiro da casa real, de que se lhe passou carta datada de 8 de janeiro de 1900.
    Foi ainda decorado com a comenda da ordem de Sanflago, do valor científico, literário e artístico.
    A Academia Real das Ciências de Lisboa também quis consagrar o venerando professor chamando-o ao seu grémio, pelo que o elegeu sócio correspondente, conferindo-lhe o respectivo diploma em data de 22 de abril do 1897.
    O ilustre catedrático, Dr. Souto Rodrigues, quando faleceu, era casado em segundas núpcias com D. Emília Severo de Souto Rodrigues, a qual, dois meses depois de viuvar, falecia também. Não ficou descendente algum, pois a filha única, de nome Eugênia, que do primeiro matrimónio com D. Maria José Quaresma Bacelar houvera, faleceu em Lisboa com 13 anos de idade.
    A par de um espírito lúcido e talento privilegiado, era o notável torrejano dotado de uma constituição física de tal ordem que, com quási oitenta e oito anos de idade, ainda trabalhava tão assiduamente na direcção das Efemérides Astronómicas que a todos assombrava. O coração, porém, que não perdoa excessos ou abusos de qualquer natureza que sejam, recusou-se a funcionar no dia 18 de julho de 1929, roubando aos seus amigos e admiradores, e à ciência, vida tão preciosa.
    Faleceu, pois, o venerando decano dos .lentes da Universidade de Coimbra na sua residência dos Paços Universitários e o seu corpo, depositado na sala grande do vizinho Observatório Astronómico, armada em câmara ardente, de aí saiu para o Cemitério da Conchada em Coimbra, onde ficou modestamente sepultado, sem coroas nem flores, ou qualquer manifestação ostensiva de condolência, por expressa determinação do ilustre extinto.
    Apesar disso, pelo número e qualidade das pessoas que o acompanharam à sua derradeira jazida, da máxima imponência se revestiu o funeral, dirigido pelo seu antigo discípulo, colega na faculdade de ciências e devotado amigo, sr. Dr. João Pereira da Silva Dias, a quem deixou como recordação inestimável o seu anel doutoral.
    O Doutor João José Dantas Souto Rodrigues, aparentado com as mais nobres famílias de Torres Novas, Dantas Pereira, Dantas Baracho, Pimentas de Avelar, etc. nem sempre assim assinou o seu nome, pois, nos livros de actas da Câmara Municipal e da Junta Geral de Coimbra vimos a sua assinatura como João José d'Antas Souto Rodrigues e nos livros de matrícula da Universidade encontrámos este nome e ainda João José d'Antas Pereira de Souto Rodrigues; com este último nome figura na capa da sua tese e com o anterior no frontespício da mesma.1
  • Nascimento: 29 Novembro 1841; Torres Novas, Torres Novas; livro de assentos de baptismo da freguesia de S. Pedro, de Torres Novas, relativo ao ano de 1841, conste a folhas 84 que o Dr. João José Dantas Souto Rodrigues nasceu nesta vila a 27 de novembro do re1
  • Casamento: Casado(a) com=Maria José Quaresma Bacelar
  • Nota: entre 1870 e 1899; Lente de Geometria Analítica e de Algebra Superior.
    Consta uma descrição de uma aula no livro de Egas Moniz sobre as Cartas de Jogar2,3
  • Nota: entre 1876 e 1877; vereador da CM Coimbrra4
  • Nota: entre 1886 e 1887; presidente da CM Coimbra
  • Nota: entre 17 Fevereiro 1898 e 8 Janeiro 1900; Governador Civil de Coimbra
  • Casamento: Casado(a) com=Emília Severo1
  • Nota: entre 1900 e 1923; Director do Observatório Astronómico de Coimbra
  • Nota: entre 1921 e 1923; Director da Faculdade de Ciencias da Universidade de Coimbra2
  • Falecimento: 18 Julho 1929; residencia nos Paços da Universidade, Coimbra, Coimbra1

Citações

  1. Artur Gonçalves Torrejanos ilustres, em Letras, Ciências, Armas e Religião, Camara Municipal de Torres Novas, Torres Novas, (1933).
  2. Manuel Augusto Rodrigues Memória Professorum Universitatis Conimbrigensis 1772 - 1937, Arquivo da Univrsidade de Coimbra, Coimbra, 1ª ed. (1992) 9725940695.
  3. Egas Moniz História das Cartas de Jogar, Apenas e Camara Municipal de Estarraja, Lisboa, 1ª ed. (1998) ", Pag 10."
  4. Manuel Augusto Rodrigues Memória Professorum Universitatis Conimbrigensis 1772 - 1937, Arquivo da Univrsidade de Coimbra, Coimbra, 1ª ed. (1992) 9725940695 ", pag 263 e 313."
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Dr. João José de Souto Rodrigues

  • Nota: bacharel formado em leis pela Universidade de Coimbra, escreveu e publicou - Memória dos mais notáveis acontecimentos que houve em Leiria (*) e seus contornos por ocasião do combate dado em 5 de Julho de 1808 pelo exército francês comandado pelo general Margaron e das antecedências que o ocasionaram - que parece haver sido impresso em Lisboa em 1808 ou 1809. (Dic. Port., VI-352).1,2
  • Casamento: Casado(a) com=Inácia Guilhermina [...]1
  • Nota: entre 1852 e 1855; Provedor da Santa Casa da Misericordia de Leiria

Citações

  1. Artur Gonçalves Torrejanos ilustres, em Letras, Ciências, Armas e Religião, Camara Municipal de Torres Novas, Torres Novas, (1933).
  2. Ricardo Charters d'Azevedo, Ana Margarida Portela e Francisco Queiroz Villa Portela - os Charters d'Azevedo em Leiria e as suas relações familiares (século XIX), Gradiva, 2007.
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João Maria Câncio Rodrigues

n: 18 Setembro 1964
  • Nascimento: 18 Setembro 1964
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Júkia Amaro Rodrigues

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Júlio de Sousa Rodrigues

Familia: Dr.ª Maria Estefânia Câncio n: 4 Ago 1930, f: 20 Fev 2007

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Júlio Maria Câncio Rodrigues

n: 27 Setembro 1957
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Leonor Rodrigues

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Leonor Rodrigues

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Luís Rodrigues

Familia: Francisca de Jesus [...]

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Luís Rodrigues

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Luís Antóno do Souto Rodrigues

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Lídia Paula Luís de Vasconcelos e Sá Rodrigues

n: 8 Maio 1979
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Lúcia Cândida Rodrigues

n: 1827, f: 25 Maio 1888

Familia: Cap. João Lúcio Lobo n: 1823, f: 15 Mai 1903

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Manuel Rodrigues

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Manuel Rodrigues

n: 9 Maio 1777
  • Nascimento: 9 Maio 1777; Dagorda, Óbidos; (ADLeiria, Santa Maria, Óbios, Batismos 1754-1788, fls 134, IV-37.E-11)
  • Baptism: 28 Maio 1777; Santa Maria, Óbidos; (ADLeiria, Santa Maria, Óbios, Batismos 1754-1788, fls 134, IV-37.E-11)
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Manuel Rodrigues

f: 13 Janeiro 1665
  • Nascimento: Cadima, Casal, Cantanhede
  • Nota: Testamenteiro do seu cunhado Pe João Francisco Monteiro e de sua cunhada Marta Monteiro
  • Casamento: Casado(a) com=Maria Monteira
  • Nota: 25 Outubro 1661; Cadima, Cadima, Cantanhede; Foi; Maria Monteiro e sua marido Manuel Rodriges padrinhos de baptismo de Miguel do Casal; Casado(a) com=Maria Monteira
  • Falecimento: 13 Janeiro 1665; Cadima, Guimara, Cantanhede; Aos treze dias do mes de Janeiro de mil e seiscentos / e sessenta e sinco annos faleceu Manuel Rodrigues do / lugar de Guimara. Fez testamtº nuncupativo / que aprecou (significa ajustou ou avaliou) e reduziu a publica forma o Capitao Jeroni- / mo de Azevedo como marido de D. Maria Monteira, mulher que fora do dito deffunto e sua herdeira está enterrado den- / tro da Igrª Far se ha por sua alma o custumado. Doutor Loureyro

    Ao / levantar do corpo se lhe leu outro tes / tamento feito e assinado pello dito deffunto em que ordena se digam / trinta missas pela alma do Revº vigario Joao Fernandes Monteiro seu cunhado / e (à margem direita e na dobra da folha) v[inte] / pela de [sua]? / Cunha[da] / Martha [Mon]/ teira, e f[ilha] / delle d[ez]?/ outras ... / e deix[ou]? / Confor[me] / todas [ne/ sta Igr[ª] [...] /esma / no ditto [testa]? / mento [se con] them / Doutor L[oureyro].
    (Arquivo da Universidade de Coimbra, òbitos, Cantanhede, Cadima, liv 1609 - 1766)

Familia: Maria Monteira f: 15 Jan 1681

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